quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Verdades e mentiras

Um dia choramos, outro dia sorrimos. Conforme o que se vive, as palavras criam significados que variam de pessoa para pessoa. Junto a ela, passei a sentir a vida como sinônimo de rotina. Coisa previsível. Sem sal e sem graça.
Um dia acordei mais cedo que de costume, levantei com cuidado para não acordar Poliana, preparei logo um café, e antes de sair para trabalhar, deixei a mesa arrumada com um pratinho com pães de queijo, pão de forma, margarina, requeijão, leite quente e bolachinhas champagne.
Talvez não saberei nunca responder o porquê fiz tudo aquilo.
Naquela tarde, retornei para casa e Poliana me aguardava com um belo sorriso na cara. Existem momentos em que dizemos somente verdades.
- Eu te amo - disse ela, me abraçando.
E há momentos em que dizemos apenas mentiras.
- Eu também - respondi.
Fazia muito tempo que eu não tomava café sozinho.No outro dia acordei novamente mais cedo. Vesti-me, arrumei a gravata, preparei o café e permaneci sozinho por um tempo na mesa. Desta vez a mesa não estava arrumada. Não havia pratinho com pão de queijo, nem leite quente, nem Poliana dormindo tranqüilamente.

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